A famosa Revolta das Barcas, episódio que tomou conta da estação da Praça Arariboia, em Niterói, destruída por pessoas revoltadas por mais um aumento das tarifas sem compensação na qualidade do serviço, completou 60 anos hoje, 22 de maio.
Segue o histórico que Luiz D escreveu no fotolog Saudades do Rio, sobre o serviço das Barcas Rio-Niterói:
"O transporte regular aquaviário na Baía de Guanabara foi iniciado em 1853, com a criação da Companhia de Navegação de Nichteroy, empresa privada que fazia o transporte de passageiros entre Rio e Niterói utilizando três embarcações.
Esta empresa foi sucedida pela companhia FERRY, criada em 1862, depois substituída pela Companhia Cantareira e Viação Fluminense, fundada em 1869, com o objetivo de transportar além de passageiros, cargas e veículos.
Em 1946, a Frota Carioca assumiu o controle acionário da Cantareira e, dois anos depois, a Frota Barreto passou a controlar a Cantareira e a Frota Carioca.
Em maio de 1959, um ciclo de greves, em função da disputa por maiores subsídios governamentais e aumentos de tarifas, provocou uma reação violenta da população, que depredou a Estação de Niterói, o estaleiro e até a residência dos proprietários da empresa.
O então presidente da República Juscelino Kubitschek desapropriou os bens da Frota Barreto, passando-os para o controle da União (A Revolta das barcas - Populismo, violência e conflito político, de Edson Nunes, editora Garamond, julho 2000).
Em 1967, o Governo Federal criou a STBG S.A - Serviço de Transportes da Baía de Guanabara, dentro do plano de estatizações então iniciado no país.
Além do transporte de passageiros, a empresa também operava o transporte de cargas e veículos, serviço este que foi extinto em 1974, com a inauguração da Ponte Presidente Costa e Silva (Ponte Rio - Niterói).
Em 1971, a STBG S.A passou para o controle do Governo estadual, sendo dois anos depois criada a CONERJ - Companhia de Navegação do Estado do Rio de Janeiro".
Hoje em dia, o serviço está privatizado, a cargo da CCR Barcas.
Conta-se que a Frota Barreto, controlada pela família Carreteiro, fazia o conhecido tipo da empresa "pobre" de dono rico. O serviço era péssimo para dar a falsa impressão que a empresa sofria sérias dificuldades, enquanto seus empresários viviam do bom e do melhor. A baixa qualidade do serviço era desculpa para a empresa receber mais e mais empréstimos do governo, enquanto os usuários, que deveriam ser a prioridade do serviço, eram deixados de lado. A Marinha chegou a fornecer navios para o serviço Rio-Niterói, visando compensar a escassa frota.
Abaixo, vemos as fotos do entorno das Barcas em 1959, com a estação antes da revolta e, também, as fotos dos estragos causados.
Segue o histórico que Luiz D escreveu no fotolog Saudades do Rio, sobre o serviço das Barcas Rio-Niterói:
"O transporte regular aquaviário na Baía de Guanabara foi iniciado em 1853, com a criação da Companhia de Navegação de Nichteroy, empresa privada que fazia o transporte de passageiros entre Rio e Niterói utilizando três embarcações.
Esta empresa foi sucedida pela companhia FERRY, criada em 1862, depois substituída pela Companhia Cantareira e Viação Fluminense, fundada em 1869, com o objetivo de transportar além de passageiros, cargas e veículos.
Em 1946, a Frota Carioca assumiu o controle acionário da Cantareira e, dois anos depois, a Frota Barreto passou a controlar a Cantareira e a Frota Carioca.
Em maio de 1959, um ciclo de greves, em função da disputa por maiores subsídios governamentais e aumentos de tarifas, provocou uma reação violenta da população, que depredou a Estação de Niterói, o estaleiro e até a residência dos proprietários da empresa.
O então presidente da República Juscelino Kubitschek desapropriou os bens da Frota Barreto, passando-os para o controle da União (A Revolta das barcas - Populismo, violência e conflito político, de Edson Nunes, editora Garamond, julho 2000).
Em 1967, o Governo Federal criou a STBG S.A - Serviço de Transportes da Baía de Guanabara, dentro do plano de estatizações então iniciado no país.
Além do transporte de passageiros, a empresa também operava o transporte de cargas e veículos, serviço este que foi extinto em 1974, com a inauguração da Ponte Presidente Costa e Silva (Ponte Rio - Niterói).
Em 1971, a STBG S.A passou para o controle do Governo estadual, sendo dois anos depois criada a CONERJ - Companhia de Navegação do Estado do Rio de Janeiro".
Hoje em dia, o serviço está privatizado, a cargo da CCR Barcas.
Conta-se que a Frota Barreto, controlada pela família Carreteiro, fazia o conhecido tipo da empresa "pobre" de dono rico. O serviço era péssimo para dar a falsa impressão que a empresa sofria sérias dificuldades, enquanto seus empresários viviam do bom e do melhor. A baixa qualidade do serviço era desculpa para a empresa receber mais e mais empréstimos do governo, enquanto os usuários, que deveriam ser a prioridade do serviço, eram deixados de lado. A Marinha chegou a fornecer navios para o serviço Rio-Niterói, visando compensar a escassa frota.
Abaixo, vemos as fotos do entorno das Barcas em 1959, com a estação antes da revolta e, também, as fotos dos estragos causados.
Comentários
Postar um comentário