É extremamente lamentável, chocante e deprimente o que ocorreu no último dia 02 de setembro de 2018, quando um riquíssimo acervo bastante usado em pesquisas e estudos dos mais diversos ou mesmo para apreciação por puro entretenimento cultural, se perdeu num incêndio motivado pelo descaso do poder público.
O Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro, era originalmente um palácio construído em 1808 para abrigar a família real portuguesa, cujo rei era Dom João VI.
O palácio só passou a abrigar o acervo que hoje está perdido em 1892, pois o primeiro Museu Nacional se situou no Campo de Santana (ou Praça da República), a partir de uma coleção do vice-rei Dom Luís de Vasconcelos, a Casa da História Natural, conhecida popularmente como "Casa dos Pássaros" e que foi inaugurada em 1784.
O incêndio poderia ter sido evitado, porque houve muitas advertências para que o Museu Nacional tivesse trabalhos constantes de manutenção e recuperação da fiação elétrica - creio que um curto-circuito causou o dramático incêndio - , vários anos antes. É lamentável que isso tenha que ocorrer para sensibilizar as autoridades, que agora se manifestam quando é tarde demais.
Vamos relembrar o Museu Nacional com oito fotos. A primeira, provavelmente de 1938 - ano em que o prédio foi tombado pelo SPHAN (atual IPHAN) - , com a fachada do prédio hoje destruído. A segunda, uma foto da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros do IBGE, de 1956, na qual aparece, em primeiro plano, uma estátua de Dom Pedro II, mas ao fundo aparece o Museu Nacional.
Já as demais seis fotos são de uma simpática reportagem da revista A Cigarra, de maio de 1960, intitulada "Museu da Quinta da Boa Vista", na qual duas adoráveis estudantes, sob a orientação de uma professora, aparecem vendo alguns objetos arqueológicos do Museu Nacional. Segue um trecho final da reportagem, nas palavras do seu jornalista, Moacyr de Lacerda, que, lidas hoje, são de doer no coração:
"No Museu da Quinta da Boa Vista há muita coisa para ver, muita coisa para observar, muita coisa para estudar. Suas grandes salas encerram muitas peças de grande valor, capazes de atrair inúmeros visitantes Ali, naquele antigo e aristocrático casarão, nasceram, viveram, passaram horas amargas e felizes, grandes vultos, grandes patriotas, grandes heróis da nossa História".
O Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro, era originalmente um palácio construído em 1808 para abrigar a família real portuguesa, cujo rei era Dom João VI.
O palácio só passou a abrigar o acervo que hoje está perdido em 1892, pois o primeiro Museu Nacional se situou no Campo de Santana (ou Praça da República), a partir de uma coleção do vice-rei Dom Luís de Vasconcelos, a Casa da História Natural, conhecida popularmente como "Casa dos Pássaros" e que foi inaugurada em 1784.
O incêndio poderia ter sido evitado, porque houve muitas advertências para que o Museu Nacional tivesse trabalhos constantes de manutenção e recuperação da fiação elétrica - creio que um curto-circuito causou o dramático incêndio - , vários anos antes. É lamentável que isso tenha que ocorrer para sensibilizar as autoridades, que agora se manifestam quando é tarde demais.
Vamos relembrar o Museu Nacional com oito fotos. A primeira, provavelmente de 1938 - ano em que o prédio foi tombado pelo SPHAN (atual IPHAN) - , com a fachada do prédio hoje destruído. A segunda, uma foto da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros do IBGE, de 1956, na qual aparece, em primeiro plano, uma estátua de Dom Pedro II, mas ao fundo aparece o Museu Nacional.
Já as demais seis fotos são de uma simpática reportagem da revista A Cigarra, de maio de 1960, intitulada "Museu da Quinta da Boa Vista", na qual duas adoráveis estudantes, sob a orientação de uma professora, aparecem vendo alguns objetos arqueológicos do Museu Nacional. Segue um trecho final da reportagem, nas palavras do seu jornalista, Moacyr de Lacerda, que, lidas hoje, são de doer no coração:
"No Museu da Quinta da Boa Vista há muita coisa para ver, muita coisa para observar, muita coisa para estudar. Suas grandes salas encerram muitas peças de grande valor, capazes de atrair inúmeros visitantes Ali, naquele antigo e aristocrático casarão, nasceram, viveram, passaram horas amargas e felizes, grandes vultos, grandes patriotas, grandes heróis da nossa História".
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